A Biometria é uma tecnologia muito útil para identificar pessoas, funciona como uma senha ou até melhor. É aplicada para distinguir o ser humano baseando-se nas diferenças entre suas características físicas e biológicas. Ao digitar um nome de usuário e uma senha em um sistema, por exemplo, a pessoa está “diferenciando-se” das outras pessoas, na Biometria, o objetivo é o mesmo, porém essa diferenciação ocorre por meio de características que são únicas para cada indivíduo. Dentre as técnicas temos: impressão digital, reconhecimento de face, de voz, assinaturas, íris, retina e outras.
A cor e a estrutura do olho humano são definidas geneticamente, porém, a forma que a íris ganha é única.
A íris direita de um indivíduo é diferente da íris esquerda. Isso a torna bem aleatória em cada indivíduo, garantindo a unicidade.
O reconhecimento de íris é eficaz até mesmo para gêmeos idênticos e cegos. A explicação para o primeiro caso é que a íris ganha sua forma aleatoriamente no período de gestação e como não segue padrões genéticos, até gêmeos idênticos podem possuir suas íris totalmente diferentes. No segundo caso, a explicação é que o reconhecimento de íris se baseia nas formas e não se a pessoa possui visão ou não.
Para adquirir a imagem de uma íris é recomendado o uso de uma boa câmera, os bons celulares existentes no mercado já possuem tecnologia para isso, iluminação utilizando luz infravermelha, de forma a não incomodar o usuário e verificar se houve dilatação da pupila, para prevenir que olhos falsos sejam utilizados para enganar o sistema.
O passo final da biometria de reconhecimento de íris é a comparação com um banco de dados pré cadastrado.
Apesar de muitas vantagens, o reconhecimento de íris também possui várias desvantagens, que muitas vezes prejudicam sua utilização e podem resultar em falhas e reconhecimentos feitos erroneamente.
Uma primeira desvantagem é o tamanho do olho. Como o olho é pequeno (aproximadamente 1 cm de raio), a distância do equipamento de reconhecimento de íris não deve ser muito grande. Em locais com muito movimento, o reconhecimento de íris acabada sendo prejudicado, pois nem sempre há controle total sobre o fluxo de pessoas e mesmo quando há, isso deixa o fluxo mais lento. Não é possível fazer um reconhecimento de íris adequado com alvos em movimento, portanto não há outra opção para o usuário, a não ser parar diante do equipamento. Embora o reconhecimento seja rápido, em um fluxo de milhares de pessoas tendo que ser reconhecidas, a identificação torna-se lenta.
Outra desvantagem, é o fato da íris ser localizada em uma superfície curva (o que pode dificultar sua representação em uma imagem plana), úmida e com reflexos. Além disso, as pálpebras e os cílios são outros fatores que prejudicam no reconhecimento. As pálpebras, por exemplo, ocultam parte da íris. As pupilas também podem ser um fator limitante do reconhecimento de íris já que seu tamanho é alterado dependendo da quantidade de luz no olho. Essas características prejudicam o reconhecimento e podem fazer com que os códigos sejam computados de maneira errônea. Apesar disso, essas desvantagens podem ser tratadas através de alguns cálculos, apesar de não haver 100% de eficiência.
Apesar não contrair nenhuma doença diretamente, outras doenças no olho podem prejudicar a identificação, como catarata, conjuntivite, tremor nos olhos ou alergias.
Fraudes no sistema onde estão armazenados os códigos da íris também são possíveis, porém, o mais comum são fraudes na identificação. Uma pessoa pode perfeitamente utilizar uma foto de um olho para passar pelo reconhecimento de íris. Devido a esse tipo de fraude, que os equipamentos de reconhecimento de íris mais atuais possuem uma luz infravermelha para iluminar o olho do usuário e detectar a pupila em movimento.