27/05/2020

Paralisia do nervo oculomotor

A paralisia do nervo oculomotor, também conhecida como “paralisia do terceiro nervo craniano” é um déficit neurológico. Essa doença afeta os movimentos dos olhos, a resposta da pupila à luz ou até mesmo ambos os fatores. Pode, também, acarretar na imobilização parcial ou total do nervo. A paralisia oculomotora ocorre quando o nervo tem pouca irrigação de sangue ou quando o mesmo é pressionado.

A pressão ou compressão do nervo, além do baixo fluxo sanguíneo deste órgão são as razões mais comuns para que ocorra a paralisia. Doenças graves como aneurisma podem ser responsáveis pela paralisia do nervo oculomotor quando ocorre uma dilatação de uma artéria que leva o sangue ao cérebro. Esse efeito pode acabar causando hemorragia interna ou o acidente vascular cerebral, ou até mesmo ambos e dependendo da intensidade, pode até mesmo levar a óbito.

Esse risco também é presente na ocorrência de uma hemorragia intracraniana, traumatismo cranioencefálico ou tumor cerebral. Doenças como hipertensão e diabetes também podem causar um fluxo sanguíneo menor. Porém, mesmo sendo uma situação com grande número de casos, essa ocorrência costuma ser menos grave. Meningite e outros processos inflamatórios, também podem causar à paralisia do nervo oculomotor.

Doenças do próprio músculo também podem originar a paralisia, sendo a Paralisia de Bell a mais comum dentre elas. Essa enfermidade causa fraqueza nos músculos do rosto, dando a impressão de que metade do rosto está inclinada, como se estivesse caindo. Esse tipo de paralisia costuma ser mais comum após os 40 anos de idade, porém, pode vir a atingir pessoas de todas as faixas etárias. Alguns estudos indicam que a paralisia pode ocorrer devido á infecções por vírus e bactérias, embora ainda não tenha uma causa identificada.

IDENTIFICANDO A PARALISIA DO NERVO OCULOMOTOR
Existem algumas diferentes maneiras de identificar a paralisia, uma delas é a observação da pupila, pois, geralmente a mesma costuma ser afetada quando a causa do problema é a compressão do nervo. Uma das funções do nervo craniano é elevar as pálpebras e controlar a pupila, mas quando afetada pela paralisia, a pálpebra começa a ceder e a pupila, quando exposta à luz, estreitar e não dilatar.

O olho que foi afetado, acaba sendo nitidamente atingido. Isso porque quando o olho saudável se foca em linha reta o outro se direciona para o lado oposto, causando a visão dupla. Mesmo que o paciente se esforce, ele só conseguirá movê-lo para o centro quando olha para dentro e não conseguirá olhar para cima e nem para baixo. Para identificar a causa da paralisia, é necessário um exame neurológico através de imagens, podendo ser tomografia computadorizada ou ressonância magnética.

Caso o médico suspeite de um aneurisma, mesmo que não seja identificado nos exames de imagem, ele irá solicitar exames como angiografia, punção lombar, angiografia por ressonância magnética, angiografia cerebral, ou angiografia por TC.

O problema será tratado de acordo com a causa. Caso seja uma doença que pode levar o paciente a óbito, um tratamento de emergência será conduzido. Ao notar qualquer contexto de mudança nos olhos, o recomendado é que um médico oftalmologista seja procurado imediatamente. Caso o diagnóstico seja rápido, o protocolo correto será seguido e aumentará as chances de cura.

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